É comum conhecer a epilepsia após presenciar alguma situação envolvendo uma crise epilética. Mas, o que é epilepsia? Trata-se de uma condição temporária do cérebro que se manifesta através das crises epiléticas.
Nesse sentido, as crises ou popularmente “ataques epiléticos” podem impactar pessoas que ainda não conhecem a doença. Portanto, essa desinformação é capaz de gerar preconceitos envolvendo o assunto.
Hoje, existe o diagnóstico de mais de 50 milhões de pessoas com a doença ao redor do mundo, cerca de 1% da população, podendo atingir uma em cada 100 pessoas. Porém, apesar ser comum a epilepsia é uma doença estigmatizada.
Causas
Em algumas situações a causa da epilepsia pode ser identificada, já em outras não. Existem dois tipos de epilepsia para classificar esses casos, são elas:
Epilepsia idiopática: Onde não se sabe a origem da epilepsia. Porém, é o tipo mais comum e atinge seis em cada dez pessoas diagnosticadas com a doença.
Epilepsia sintomática: Quando a origem da epilepsia pode ser identificada. Nesse sentido, as causas podem ser predisposição genética, AVC (Acidente Vascular Cerebral), lesão durante o parto, malformação fetal, entre outros.
Sintomas
Os sintomas da epilepsia se apresentam conforme o tipo de crise epilética. Ou seja, para cada tipo de crise existem diferentes sintomas. As crises mais comuns são:
Crise convulsiva: É a mais comum e também a mais perigosa, isso porque, pode acontecer de uma hora para outra. Além disso, a pessoa que sofre de crise convulsiva fica incapaz de controlar o próprio corpo, podendo ocasionar quedas e lesões graves.
Crise de ausência: Esse caso é mais comum entre crianças e adolescentes. Por muitas vezes essas crises podem ser imperceptíveis, isso porque, ela dura cerca de 5 a 20 segundos e o sinal que apresenta é o olhar fixo ou “perdido”.
Crise parcial simples: Esse tipo de crise acontece quando uma parte do cérebro é afetada e pode ser responsável por movimentos involuntários de um membro do corpo como braço, perna, olhos e outros.
Crise parcial complexa: Afeta diferentes partes do cérebro. Apresenta os mesmos sintomas da crise parcial simples, porém ela pode se manifestar em mais de uma parte do corpo ao mesmo tempo.
A crise parcial simples quando afeta uma pessoa não causa perda de consciência, por isso é classificada como simples.
Diagnóstico
Apesar das convulsões serem a manifestação mais comum da epilepsia, não é todo caso de convulsão que é responsável pelo diagnóstico da doença. Isso porque, o uso de drogas, febre e distúrbios metodológicos, podem causar convulsões, por exemplo.
Além disso, para que a epilepsia seja identificada é necessária uma análise do histórico do paciente, ou seja, o médico precisa ter acesso a informações como descrição das crises do paciente, sua frequência, idade em que as crises começaram, histórico familiar, entre outros.
Nesse sentido, para que o diagnóstico seja feito de forma correta alguns exames como tomografia de crânio, ressonância magnética do cérebro e o eletroencefalograma, podem ser solicitados pelo médico.
Então, o diagnóstico correto possibilita a indicação do tratamento adequado para cada caso. Dessa forma, evitando crises, acidentes, como fraturas e contusões, e até mesmo condições psicológicas, como ansiedade e depressão.
Tratamento
Primeiramente, é importante destacar que a epilepsia tem cura, mas para alcançá-la três fatores são essenciais, são eles: o diagnóstico correto, medicação ideal e tratamento feito a tempo.
Os medicamentos indicados para crises de epilepsia são responsáveis por evitar descargas elétricas cerebrais anormais, que são as causadoras das crises epiléticas.
Por outro lado, a intervenção cirúrgica é indicada em casos graves, em que o a medicação não consegue controlar as crises. Porém, nem todos os pacientes são aptos à cirurgia, por isso uma avaliação deve ser feita para cada caso da doença.
Prevenção
A prevenção pode ocorrer em alguns casos de epilepsia sintomática, onde se conhece a origem da doença, ou seja, para prevenir que a epilepsia aconteça é necessário evitar sua origem.
Por exemplo, em casos de problemas durante a gravidez, um pré-natal adequado e assistência médica necessária durante o parto, podem auxiliar na redução no número de casos da doença.
Do mesmo modo, que os tratamentos preventivos podem evitar doenças cardiovasculares e diabetes. Por outro lado, em casos de epilepsia idiopática, onde a origem da doença não é identificada, não existe uma forma de prevenir.
Porém, quem já tem o diagnóstico da epilepsia deve evitar algumas situações, como ingerir álcool, tirar poucas horas de sono ou estar em ambientes com muitas luzes coloridas.
A epilepsia não é uma doença contagiosa! Para evitar casos de epilepsia e até mesmo realizar o tratamento de forma correta da forma correta é preciso que se entenda cada vez mais sobre o assunto, somente as informações corretas podem acabar com o preconceito em torno da doença.
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Graduada em comunicação social com ênfase em Jornalismo pela Universidade Castelo Branco, também reside na cidade do Rio de Janeiro. É especialista em Marketing digital, copywriting e vive em busca das melhores pautas de cuidados em saúde.