A confusão mental em idosos é um problema bastante comum. O declínio na capacidade cognitiva do paciente pode ser repentino ou aparecer aos poucos, de forma crônica e progressiva. Em idosos, ela é geralmente sinal de delirium ou demência, embora também possa estar associada a psicoses, transtornos afetivos, desidratação e outras doenças.
Neste artigo, vamos abordar o que é a confusão mental, quais são as causas mais comuns e a abordagem diagnóstica do problema. Acompanhe!
O que é a confusão mental?
A confusão mental é um sintoma comum a diversos quadros de saúde e está relacionada à incapacidade de pensar com clareza. Frequentemente, há uma sensação de desorientação no tempo e espaço e dificuldade de concentração.
Os sinais mais comuns que podem ser indícios de confusão mental são:
- esquecer detalhes que fazem parte da rotina ou da história de vida, como datas comemorativas e profissão que exerceu;
- não reconhecer onde está ou as pessoas próximas;
- não esboçar qualquer reação ao ser chamado;
- dizer frases que não tenham relação com o assunto durante uma conversa;
- mudar o humor de forma repentina, sem motivo aparente.
Quais são as causas da confusão mental em idosos?
A confusão mental é um sintoma comum a diversos quadros de saúde e pode estar associada tanto à desidratação quanto a preexistência de outras doenças, ou até mesmo ser decorrente de hábitos do paciente. As causas mais comuns são:
- febre alta;
- infecção (a infecção urinária é muito comum em idosos);
- traumas na cabeça ou tumor cerebral;
- desequilíbrio eletrolítico;
- doenças neurológicas, como demência e Alzheimer;
- transtornos afetivos (depressão, bipolar);
- diabetes;
- hipoglicemia;
- baixa oxigenação (decorrente de distúrbios pulmonares);
- consumo excessivo de álcool;
- uso de determinados medicamentos;
- desidratação e deficiência de vitaminas.
Como é feito o diagnóstico?
A demência é a síndrome orgânica mais prevalente e uma das principais causas de confusão mental em idosos. Ela é caracterizada por um declínio no funcionamento cognitivo, na medida em que o paciente é incapaz de realizar as atividades habituais da vida diária. O deficit de memória é um componente predominante, e a deterioração intelectual pode ocorrer de meses a anos.
Entretanto, a demência não é a única causa possível para a confusão mental. Por isso é importante que seja realizada uma série de exames para determinar os fatores que desencadearam o quadro.
Geralmente, o diagnóstico pode ser realizado por um clínico, que deverá colher informações sobre o histórico de saúde do paciente, medicamentos de uso contínuo, características e duração dos sintomas.
O médico poderá solicitar exames laboratoriais e fazer ali mesmo os exames físico e mental. O exame físico pode ser especialmente útil para distinguir entre distúrbios neurológicos e psiquiátricos e deve incluir uma avaliação do nível de excitação e orientação do paciente.
Questionários padronizados de status mental, escalas de avaliação diagnóstica e inventários de sintomas também facilitam a análise. Juntamente com a história e o exame físico, instrumentos padronizados são geralmente suficientes para determinar a gravidade do comprometimento cognitivo de um paciente idoso.
E depois do diagnóstico?
Uma vez feito o diagnóstico de depressão, demência, diabetes ou qualquer que seja a causa da confusão mental, os distúrbios subjacentes devem ser tratados. Se o problema é causado por um ou mais medicamentos específicos, o médico poderá simplesmente mudar a medicação. Infecções, depressão, doenças neurológicas e outros fatores determinantes, quando devidamente tratados, melhoram o quadro de confusão mental.
O mais importante é que os sintomas não sejam simplesmente considerados “normais para a idade” e ignorados. O diagnóstico precoce e um bom acompanhamento médico são essenciais para minimizar o quadro clínico e garantir mais qualidade de vida, ao paciente e aos seus familiares.
Neste artigo vimos que a confusão mental em idosos é bastante comum. Embora ela possa estar associada a diversos fatores, os sinais são quase sempre os mesmos: desorientação, dificuldade de concentração e deficit de memória.
O diagnóstico pode ser realizado por um médico clínico e deverá incluir exame laboratorial, físico e mental. Determinada a causa e iniciado o tratamento adequado, espera-se que o paciente recupere a clareza mental, ou que, pelo menos, o quadro estabilize.
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Boa noite! Sim esclarece minhas dúvidas ! Tenho uma irmã de 75 anos que ficou muito deprimida por querer os filhos todos os dias com ela e começou a arrumar doenças não existiam foi feito exames e nada foi encontrado !Agora não quer andar nem comer sozinha mas come bem dorme bem fala ! Quer comida na boca tem que dar banho levar ao banheiro etc…o que fazer?
Olá, Diva! Tudo bem?
Já tentou buscar ajuda psicológica? Se ela fez exames e não constou nada, o problema dela pode ser emocional. A falta dos filhos pode ter pesado muito pra ela. Uma ajuda psicológica ajudaria bastante nesse caso.
Melhoras pra ela!